Na montanha, caminhar também é correr
Lendo nas redes sociais os relatos dos vários corredores que cumpriram os últimos quilômetros da desafiadora Mizuno UpHill Maraton andando, lembrei como saber caminhar em ritmo forte é fundamental em provas com subidas insanas.
No trail running, salvas raríssimas exceções – e põe raríssimas nisso – caminhar é parte da estratégia dos corredores. Isso ocorre por diversas razões: porque o terreno é cheio de pedras soltas e você corre mais risco de se machucar correndo do que andando, porque a altimetria é surreal e você não sabe o que tem pela frente e precisa se preservar um pouco. Para mim é uma oportunidade para comer alguma coisa e me hidratar em movimento.
Quando troquei o asfalto pela montanha isso foi algo que eu demorei um pouco para entender, confesso. Como assim andar? Cada um tem a sua estratégia, mas eu cheguei à conclusão que prefiro caminhar em um pace constante e forte a subir uma montanha “correndo” em ritmo de fazer inveja a uma lesma e ainda chegar ao cume conseguindo cuspir meu coração pela boca.
Na montanha, muitas vezes caminhar também é correr. Essa opção, aliás, pode ser a diferença entre quebrar ou cruzar a linha de chegada.

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